Histórico de Caviana

Vila Rica de Caviana, teve inicio por volta de 1920, quando João Francisco de Lima tomou posse de uma grande área de terra na localidade, estabelecendo ali suas atividades de extrativismo do látex, pau-rosa, castanha-do-brasil, juntando em torno de si diversos comunitários.
O nome “CAVIANA” foi dado em homenagem a um velho índio assim conhecido, que era chefe de uma tribo retirante MÔRA que habitava a região.

Primeira rua de Vila de Caviana e a Igreja de Sto. Antonio década de 60.

Em visitas a localidade, o então prefeito de Manacapuru, Sr. Mário de Almeida, constatou que os moradores nada reivindicavam, passou então a denominá-la de VILA RICA, daí então a adoção do nome de VILA RICA DE CAVIANA.

Situada à margem direita do lago do Caviana, distante 70 km de Manacapuru, sua sede municipal, sendo o acesso possível apenas por via fluvial, com dificuldades de acesso acentuadas no verão (seca) quando às vezes fica isolado.

Sua infra-estrutura urbana é composta de:
· 13 ruas;
· 218 estabelecimentos residências;
· 05 estabelecimentos comerciais, sendo 01 do tipo flutuante;
· 01 posto da Fundação Nacional de Saúde, com 01 sala para pequenas cirurgias, 02 consultórios (médico, odontológico), sala de enfermagem, sala de vacinação, etc...;
· Agência da CEAM, com fornecimento de energia 24 horas por dia;
· 01 Posto da TELEMAR com instalações de telefones residenciais e telefonia celular;
· 25 km de estrada (vicinal), ligando a vila de Caviana a localidade denominada Pupunha;
· 01 posto do SAAE, que oferece distribuição de água regular e de boa qualidade, dispondo de um poço e de rede distribuição de água;
· 01 escola estadual de ensino fundamental e médio com 12 salas de aula, dotada de boa infra-estrutura, com sala de vídeo, biblioteca etc..;
· 01 escola municipal de ensino básico com 03 salas de aula;
· 05 Organizações devidamente regularizada:
- ADCVRC Associação de Desenvolvimento Comunitário de Vila Rica de Caviana, fundada em 1982, destacando-se com a maior batalhadora na busca de melhorias para a comunidade, mas que devido à falta de estrutura humana capacitada e por sua restrita disponibilidade financeira, restringe sua capacidade administrativa;
- Associação Feminina;
- Associação dos produtores Rurais do Assentamento Caviana;
- Associação dos Adolescentes e Crianças; e,
- Sociedade Vila Rica Esporte Clube, onde seus lideres mantém uma unidade ideológica em torno de objetivos comuns.

Sua economia é de caráter substancial, não sendo suscetível a contribuições fiscais, exceto alguns impostos territoriais pagos à união.
Seus aspectos físicos baseiam em:
· Clima quente e úmido;
· Altitude de 38 metros;
· Topografia plana às vezes ondulada;
· Solo tipo latossolo vermelho escuro;
Seus aspectos demográficos são:
· População: 1.241 habitantes; (ver fig 01)
· Área: 100.000 há ²;
· Eleitores: 960 eleitores.

Sua economia é constituída principalmente por funcionários públicos, aposentados e pensionistas, sendo que a agricultura e a pecuária são explorada pela grande maioria da população (60%), mas, pelo fato de ser explorada de forma empírica e artesanal, compõe o segundo lugar na geração de renda. O restante da população obtém suas rendas, provenientes de atividades diversas como exploração da madeira, frutos nativos, pescado, entre outros, com rendas médias não alcançando um salário mínimo, o que torna insuficiente para adquirir um padrão de vida condizente com o mínimo necessário a uma vida digna.
As famílias são geralmente numerosas, na área urbana as habitações são geralmente em madeira e seus habitantes são atendidos com alguns itens básicos, como: luz elétrica, água encanada, meios de comunicação etc..., na zona rural a situação é deprimente, onde os habitantes vivem geralmente em palafitas ou casas cobertas de palhas, cercadas e assoalhadas de paxiúba, (lasca do açaizeiro), sem o mínimo de conforto e com um número inexpressível de bens duráveis, suas alimentações baseiam-se quase que comumente em peixe ou carne e farinha.

No ano de 2000, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, criou o Projeto de Assentamento Caviana/Pupunha, com capacidade para assentar 189 famílias. Representando a maior perspectiva de desenvolvimento para a localidade. Hoje, 08 anos depois conta com apenas 111 famílias devidamente assentadas as quais já foram beneficiadas com os incentivos (créditos) disponíveis dentro dos Projetos de Assentamentos, inclusive PRONAF. No entanto, o que seria para representar a saída da estagnação econômica e a conquista da auto sustentabilidade da localidade, tropeça nas dificuldades que o Assentamento enfrenta, como:
· Falta de Abertura e manutenção de estradas vicinais;
· Construção e estruturação de escolas dentro do P.A;
· Construção e estruturação de postos de saúde;
· Instalação de meios de comunicação, (telefones);
· Aquisição de transportes coletivos e escolares;
· Implantação de Agroindústrias para beneficiamento de produtos;
· Capacitação dos produtores;
· Construção de rede elétrica etc....
Estruturas imprescindíveis para dar sustentabilidade ao desenvolvimento que o Projeto de Assentamento Caviana aludi.
Onde, sem as estruturas acima citadas, qualquer perspectiva de viabilidade econômica almejada, será mera fantasia. Caso da estrada, que é item fundamental para o Projeto de Assentamento tanto para a circulação de pessoas como escoamento de produtos, mas, devido à péssima realização das obras de abertura da vicinal, não mais oferece condições de trafego, e sem um trabalho de manutenção urgente deixará o P.A Caviana, completamente isolado, prejudicando a todos os produtores.

Todos países desenvolvidos do mundo tiveram na agricultura familiar o sustentáculo do seu dinamismo econômico e uma saudável distribuição social. Todos eles, em algum momento da história, promoveram a reforma agrária de forma consciente e responsável, investindo na agricultura familiar, construindo infra-estrutura capaz de ampliar as perspectivas e dar suporte para que as potencialidades agrícolas fossem exploradas, delineando novo ordenamento de suas economias, incentivando novas atividades produtivas auto-sustentáveis em comunidades exclusivamente de base familiar, que obtiveram relevantes retornos socioeconômicos. Dessa forma, inspirados nos exemplos bem sucedidos dos outros países, rogamos as autoridades e a todo a população Cavianense a se envolver na implementação de melhorias socioeconômica e de serviços, como, a preservação do meio ambiente, para que os filhos e netos de Caviana desfrutem de condições de vida digna.

Caviana é uma comunidade abençoada, que se destaca pela hospitalidades de seus moradores, e pela luta de pessoas que se empenham em promover uma melhor qualidade de vida para seus moradores, com destaque para Associação das cranças e Adolescentes de Caviana, dirigida pela guerreiras Maria Auxiliadora e professora Cleini, que duas vezes por ano realizam a Ação de Saúde e Cidadania, que é um projeto voluntário, onde são realizado diversas atividades, como atendimentos médicos, odontológicos, atividades esportivas, palestras informativas, etc..., realizados exclusivamente por voluntários, e que já é modelo para outras localidades devidos aos resultados obtidos.

Fotos da III Ação de Saúde e Cidadania, foto-1 atendimentos odontólogicos, foto -2 fila na unidade de saúde para atendimento médico e foto - 3 Refeição servida aos voluntários na residencia so Sr. Zeca Costa.